ORÇAMENTO EMPRESARIAL
ORÇAMENTO EMPRESARIAL
Orçamento é a parte de um plano financeiro estratégico que compreende a
previsão de receitas e despesas futuras para a administração de determinado
exercício (período de tempo). Aplica-se tanto ao setor governamental quanto ao
privado, pessoa jurídica ou física.
Orçamento
empresarial tem
como objetivo identificar os componentes do planejamento financeiro com a utilização de um sistema
orçamentário, entendido como um plano abrangendo todo o conjunto das operações
anuais de uma empresa através da formalização do desempenho dessas funções
administrativas gerais.
Um
orçamento, em contabilidade e finanças,
é a expressão das receitas e despesas de um indivíduo, organização ou governo relativamente a um período
de execução (ou exercício) determinado, geralmente anual, mas que também pode
ser mensal, trimestral, plurianual, etc. O orçamento deriva do processo de
planejamento da gestão. A administração de qualquer entidade pública ou
privada, com ou sem fins lucrativos, deve estabelecer objetivos e metas para um
período determinado, materializados em um plano financeiro, isto é, contendo
valores em moeda, para o devido acompanhamento e avaliação da gestão.
O
estudo do orçamento, segundo alguns autores, remonta à década de 1920. Na
verdade, a gestão organizacional vem tendo saltos de qualidade desde a
Revolução Industrial no Século XIX. Esta evolução na gestão proporcionou
diversas técnicas na elaboração dos orçamentos, partindo do orçamento
tradicional. Surgiram então o Orçamento de Desempenho, o Sistema de
Planejamento, Programação e Orçamento (PPBS), o Orçamento Base Zero, o
Orçamento-Programa, o Beyond Budgeting, o Rationalisation des Choix
Budgetaires, dentre outras.[3]
Entendem-se
por despesa todos os gastos da pessoa ou organização que podem, inclusive, ser
classificados de acordo com os fins a que se destinam. Receita é sinônimo dos
provimentos recebidos, que também podem ser classificados basicamente em
receitas patrimoniais (relativas a rendas geradas por propriedades), rendas
extraordinárias (essencialmente oriundas de operações financeiras, como
empréstimos a juros) e rendas tributárias, exclusivas de governos.
Os
orçamentos estatais ou públicos são representações dos diversos gastos de um
governo, que envolvem saúde, educação, transportes, segurança e defesa,
essencialmente. Uma das principais funções do poder político é definir o
orçamento a partir das receitas geradas pelos impostos e outras formas de arrecadação. Essa
atribuição recai tanto sobre o poder executivo quanto sobre o poder
legislativo, nas democracias: o
executivo propõe e fiscaliza a execução do orçamento, e o legislativo analisa e
aprova-o. No Brasil, a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988, o Chefe
do Poder Executivo possui a competência de iniciar as leis que estabelecerão o
Plano Plurianual (PPA), as Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o orçamento
(LOA). No Brasil, o órgão responsável pela elaboração e acompanhamento do
orçamento público federal é a Secretaria de Orçamento Federal (SOF), do Ministério do Planejamento, Orçamento
e Gestão (MPOG).[4] Em Portugal, esse órgão é a Secretaria de Estado do Orçamento,
do Ministério das Finanças.
A
maioria dos estados também prevê mecanismos de fiscalização do orçamento
público por parte do poder
judiciário. O Brasil adotou o processo misto, onde o Executivo elabora o
projeto de lei do orçamento, para posterior encaminhamento ao Legislativo, que
o emenda e aprova-o. A própria Constituição Federal estabelece que cada Poder
deve acompanhar e avaliar sua execução financeira, contábil, dentre outras,
tendo o Legislativo a competência de exercer o Controle Externo das coisas
públicas.
A parte
do Direito que estuda as leis sobre orçamentos públicos é o Direito Fiscal ou Orçamentário, ramificação do Direito Financeiro.
Apesar
de ser planejado com mais ou menos cuidado, um orçamento pode ser cumprido à
risca, ou com sobras ou com falta de recursos planejados.
Orçamento participativo
Em algumas cidades do Brasil, foi implementada uma política inovadora na
criação dos orçamentos públicos com a participação dos cidadãos na escolha das
prioridades de investimentos: o Orçamento
Participativo. Trata-se de uma consulta popular a respeito do destino dos
recursos a serem investidos durante o ano pelas prefeituras. No entanto,
geralmente a influência popular é bastante pequena nas decisões.
Orçamento
empresarial
A maioria das empresas de grande porte e multinacionais têm entre suas
responsabilidades desenvolver orçamentos para seus períodos de operação. Um
orçamento empresarial deve detalhar quais serão as receitas e despesas da
companhia dentro de períodos futuros. A elaboração de um orçamento deve sempre
ser feita com base nas previsões, nunca limitando a sua elaboração ao
histórico, aos resultados e pressupostos passados. A adaptação de uma
estratégia deste tipo, de elaboração de orçamentos exclusivamente com base nos
pressupostos passados constitui um erro estratégico, cujo resultado é
invariavelmente o desperdício. Recorrendo a uma imagem simples, elaborar um
orçamento desta forma é como conduzir um carro com os olhos exclusivamente
postos no retrovisor. Um bom exemplo disto mesmo é o orçamento geral do Estado
português, em que se verifica que os gastos dos últimos dois meses do exercício
são cerca de dez vezes superiores ao do restante tempo do mesmo, no sentido de
cada departamento minimizar o risco de ser alvo de cortes orçamentais no
futuro. As empresas que elaborem os seus orçamentos com base unicamente no seu
histórico revelam uma tremenda falta de objectivos. Em suma, quem não conhece o
seu rumo, não tem ventos favoráveis. Uma vez delineados os objectivos
estratégicos, que têm necessariamente que ser quantificados e pressupõem um
consciência plena da situação em que a organização se encontra, ficarão a cargo
da diversas áreas operacionais as iniciativas, regidas pelos planos de
actividade. O orçamento, resultará precisamente do somatório destes planos de
actividade, sendo que este período é vulgarmente designado por período de
consolidação orçamental. Entende-se assim a necessidade de haver envolvimento
pleno e coordenado de toda a organização na elaboração do Orçamento. Em
síntese, um orçamento é um processo multi cíclico que culmina no equilíbrio
entre os objectivos estratégicos, as iniciativas e os meios financeiros adequados
à execução do mesmo. Um orçamento equilibrado pressupõe realismo, no sentido de
não ser demasiadamente modesto, promovendo a desmobilização, nem demasiadamente
irreal e inatingível, o que implica enorme sensibilidade de quem o elabora. De
notar que a sensibilidade, enquanto virtude, não consta nos manuais, antes
deriva da curva da experiência e da intuição, será também decisiva na resolução
de problemas resultantes do orçamento, nomeadamente no combate aos vícios
orçamentais e na interpretação de desvios ao mesmo. Embora não haja nenhum
valor percentual previamente fixado para limitar os desvios orçamentais, eles
carecem necessariamente de justificação. Desta forma, um orçamento é um
instrumento de gestão. É um instrumento de implementação da estratégia da
empresa. É um instrumento de motivação, de comunicação e de avaliação.
Cenários orçamentários
Um orçamento também é dividido ou classificado por cenários, um cenário
significa uma versão de conteúdo orçamentário, portanto cenários diferentes
demonstram valores diferentes para a mesma informação a ser orçada. Os cenários
mais comuns são: Exibição de Dados Históricos, Cenário Inicial, Revisões, e
Cenário Final, este último é a versão aprovada, que será utilizada para
acompanhamento orçamentário.
Empresas sem orçamento
Uma corrente de financistas mais recente criou a teoria da “Empresa
sem Orçamento”, “Budgetless“, essas empresas seguem a
premissa de não efetuarem um orçamento prévio para suas despesas e receitas em
um determinado período, sendo assim, estarão susceptíveis a surpresas em seus
controles orçamentários.
Quero organizar meu orçamento empresarial.